A paz de Cristo!

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sábado, 11 de setembro de 2010

Maria esposa do Espírito Santo!

Quando adolescente, rodeada de amigos judeus, eu sentia uma necessidade crescente de compreender melhor minha própria fé. Por isso escolhi uma universidade Católica: Duquesne, em Pittsburgh. Estudei um pouco de teologia, comecei a participar da Missa diariamente e entrei para um grupo de estudos bíblicos chamado Chi Rho. Foi este grupo Chi Rho que fez um retiro se 17 a 19 de fevereiro de 1967, o qual marcou o inicio da Renovação Carismática na Igreja Católica.

Cerca de vinte e cinco estudantes reuniram-se juntamente com nossos conselheiros e o capelão da faculdade, para passar um fim de semana em oração, focalizando a pessoa do Espírito Santo. Começamos na sexta-feira à noite, com uma reflexão sobre Maria. O professor de teologia, que estava dando a palestra, ergueu uma imagem de Maria com as mãos elevadas em oração. Ele a descreveu como uma mulher de fé e de oração. Enquanto ele falava sobre Maria naquela noite, percebi que havia acontecido algo com ele. Nas aulas, ele era sempre nervoso. Porém naquela noite, ao falar sobre Maria, havia nele uma paz, uma quietude. “Cheio do Espírito” era o termo que me ocorria continuamente para descrever sua nova disposição. O que eu não sabia naquela época é que ele e alguns outros professores de Duquesne haviam participado de um grupo de oração interdenominacional apenas algumas semanas antes. Lá eles receberam o que hoje chamamos de “batismo no Espírito Santo”. Eu estava testemunhando o fruto de sua experiência, ao vê-lo falar sobre Maria com tamanha fé e poder.

Minha converção aconteceu durante aquele retiro. Eu fui à capela, não para orar, mas para chamar alguns estudantes que lá estavam para descerem à festa que havíamos preparado para os aniversariantes do nosso grupo. Quando ajoelhei-me na presença de Jesus no Santíssimo Sacramento, tremi com uma sensação da majestade de Deus. Ele é o Rei dos Reis e o Senhor dos Senhores. Embora estivesse amedrontada, permaneci em sua presença e fiz uma oração de entrega incondicional: “Pai, qualquer coisa que tu quiseres para minha vida, eu digo ‘sim’. Se isto significa sofrer, eu aceitarei. Apenas ensina-me a seguir Jesus, teu filho, e amar como ele ama”. Quando fiz esta oração, eu estava de joelhos, e logo em seguida encontrei-me prostrada diante de Jesus no Santissimo Sacramento. Fui invadida por um tremendo senso do amor pessoal de Deus por mim. As palavras de Santo Agostinho são as que melhor captam o que experimentei naqueles momentos: “Fizeste-nos para ti, ó Senhor, e nossos corações não descansam até que descansem em ti.”

Durante a hora seguinte, o Espírito de Deus foi derramado tão soberanamente sobre o grupo, que muitos dos jovens que estavam na festa, no andar inferior, foram atraídos para a capela. Enquanto nos ajoelháva-mos lá, algumas pessoas choravam. Outros riam de alegria. Outros ainda elevavam as mãos em oração. Havíamos sido mergulhados no Espírito do Deus vivo. A graça derramada sobre nós naquele fim de semana fluiu para as vidas de literalmente milhões de católicos no mundo inteiro. A festa de aniversário foi simbólica, pois aquele dia marcou o nascimento da Renovação Carismática na Igreja Católica.
E normalmente quem é que planeja e prepara a festa de aniversário para seus filhos? A mãe! Maria havia estado lá no inicio do retiro, e estava naquela sala do andar superior, na noite seguinte, quando o Espírito Santo veio sobre nós, exatamente como ela havia estado no primeiro Pentecostes.

Esta percepção ocorreu-me com o que aconteceu em seguida. Da capela eu fui para o meu quarto, e abri as Escrituras a esmo. Eu não conhecia muito bem a Bíblia. Eu certamente nunca tinha aberto a as Escrituras esperando receber uma palavra pessoal de Deus. Mas nessa noite eu fiz isso. Estas são as palavras sobre as quais pousaram meus olhos:



Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, meu salvador, porque olhou para sua pobre serva. Por isto, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo. Sua misericórdia se estende, de geração em geração, sobre os que o temem. Manifestou o poder do seu braço: desconcertou os corações dos soberbos. Derrubou do trono o poderosos e exaltou os humildes. Saciou de bens os indigentes e despediu de mãos vazias os ricos. Acolheu a Israel seu servo, lembrando da sua misericórdia, conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e sua prosperidade, para sempre (Lc 1,46-55).

Deus permitiu-me receber as palavras de Maria, nossa Mãe, como a primeira palavra pessoal que ele jamais falara para mim. Todas as vezes, por mais de trinta anos, em que eu partilhei a história do que aconteceu em Dusquesne, eu sempre incluí o Magnificat. Desde aquele primeiro momento, eu sabia que tinha sido absorvida pelo mistério da resposta de Maria a Deus. O seu Magnificat inundou minha vida e agora é o meu próprio Magnificat. O “sim” que ela disse a Deus na Anunciação tornou-se meu “sim”.

Autora: Patti Gallagher Mansfield
Livro: Magnificat – Reflexões de uma mãe sobre Maria
Edições Água Viva

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